Sinto
saudades do tempo em que encolhido em um banco de madeira,
Usava
seu colo como travesseiro.
Do
tempo em que escondias as minhas travessuras,
Antes
que eu levasse umas palmadas no traseiro.
Saudades
dos teus conselhos,
Que
nunca os havia entendido.
Saudades
dos teus cabelos grisalhos,
Que
com certeza ajudei-os a embranquecer,
Saudades
do teu colo,
Para
as minhas dores esquecer.
Da
tua palavra,
Nunca
encontrei tanto amor...
Minha
saudade só não é maior
Do
que a minha esperança
De
um dia lhe encontrar a minha espera em seu albergue,
Tecendo-me um casaco,
Para
me aquecer como um dia já o fez,
Acolhendo-me
em seus braços,
Como
em outrora, tudo outra vez.
Gomes
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