Depois
de tanto sucumbir aos moldes impostos por tuas mãos,
Acalentado
por sua melodia,
Recolhido
em meu leito, apenas aguardo o meu “sono”,
Que
sinto aproximar-se.
Lágrimas
agora não mais adiantarão,
Nem
o meu nome chamado por tua voz,
Inda
que pudesse, não quero voltar...
Não
quero ser o pássaro aprisionado em sua gaiola de prata,
Tendo
o sol por entre as grades,
E
uma solidão que quase mata.
Fui
livre e tu me tinhas,
Sou
teu prisioneiro e agora apenas o céu me terá,
Pois
a tristeza calou-me eternamente,
Tuas
lágrimas não acordarão meu canto,
Nem
tuas mãos mais moldarão meu manto.
Ora
vejam, meu canto está de volta!!!
A
gaiola se quebrou,
Foi
o meu “sono” que chegou,
Em
liberdade já estou.
Alçapões
não mais poderão me prender,
Não
precisarei mais da tua comida;
Viverei
do meu canto perdido,
Pois
perdi-me da vida.
Gomes
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