Quando
eu passar por ti nas margens estreitas de uma rua;
Não
mude seu sentido ao caminhar,
Erga
teus olhos, finja não ter me visto passar,
E
apenas ignore, se minha sombra parar ao esbarrar na sua.
É
que eu nunca soube viver de aparências;
E
até nossas sombras necessitam dizer que uma noite foi pouca,
Nossos
corpos inda irão transpirar por um longo dia,
Até
que a noite venha trazendo contigo o fim de nossas diferenças.
Enfim,
nossos corpos falarão por nós;
Chamar-nos-emos
de loucos,
Faremos
o que as paredes guardarão em seus segredos,
Partiremos
ao amanhecer, com o desejo de descer da fonte até a sua foz.
Levaremos
nosso segredo sem que deixemos ser descoberto;
Amar-nos-emos
todas as noites,
Como
a fúria de um vulcão,
Andaremos
dias distantes, como cidade e deserto.
Seremos
o dia e a noite,
Com
o encontro em um longo eclipse,
Onde
nossos corpos se fundem em apenas um,
São
segredos de amor,
Vividos
por nós, sem que o mundo pudesse aplaudir;
É
o nosso amor se encontrando nas sombras,
E
se perdendo no medo de ir e vir.
Gomes
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