São olhos distantes,
Perdidos num canto da
sala,
São pensamentos de uma
senhora,
Vestida com suas roupas
de menina,
De onde àquele perfume
ainda exala.
Aquela vontade de ouvir o
trim-trim,
Do seu telefone a lhe
chamar,
De ouvir um breve, ”mor,
vem se deitar”!
Mas nada acontece...
Talvez então no amanhã...
Talvez alguém se
lembre...
E resolva o seu silencio
quebrar.
Dos seus olhos,
Algumas lágrimas começam
a rolar,
Esquecida no seu mundo,
Distante de tudo,
Só as lembranças dão conta
do seu pesar.
O que fizeras tu ao
mundo?
Pra tanto nele penar,
Sozinha no canto da sala,
Sem saber o que esperar.
O amanhã já virou ontem,
E ali ela ainda está,
Sem sequer notar que a
noite já se foi,
E que de novo é hora de
acordar.
São lembranças de um amor
que se foi,
E da família que se
dispersou,
Deixando-a perdida da
vida,
Contigo apenas
lembranças...
Lembranças da casa de
vidro,
Que um dia edificou,
Mas que de repente ela se
partiu,
E seu grande amor o vento
levou.
Gomes
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