quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

REFÉM DA SAUDADE

Em minha última batalha pela vida,
Fui feito refém da saudade;
Que mirando o meu coração,
Não teve piedade.

Lançou sua flecha sem veneno,
Pois sua intenção momentânea não era a de matar;
Conduziu-me ferido ao seu porão,
Sem direito ao sol,
Nem sequer a minha paixão, o luar.

Ferido, febril a delirar,
Espero apenas um milagre a me salvar.

No peito, apenas um vazio;
Não há calor,
Apenas há o rubor da febre,
E sinto da morte o frio.

Sem voce, não estou apenas só,
Mas agora também inerte,
Como um planeta sem sol;
Sou apenas de um campo de ervilhas,
Um único girassol.

Esta é a minha última carta,
Entre delírios e anseios,
Talvez um golpe de sorte;
Sinto que hoje serei resgatado,
Só não sei se por ti,
Ou levado nos braços da morte.

Gomes

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 Uma noite de solidão,  Penumbra triste e fria... Que ninguém ouse contar de ti, os segundos, Nem há quem possa adivinhar quanto tempo durar...