Como julgas insano,
O cérebro que ordena os
lábios que te beijam a boca,
Que ordena os braços
que enlaçam o corpo teu,
Como podes assim
julgar?
Como julgas sem temer?
Que um dia se envaideça
e saia,
Em busca da cura em
meio à rua,
E em meio às estradas
se perca,
E num desvio se aparte
da sua.
Sendo assim então a
cura encontrada,
E não mais podereis julgar-me
insano,
Nem jamais admitirás
seu engano,
Pois a insanidade que
se curou,
Saiu pela porta desse
amor,
Que para sempre se
fechou.
Gomes
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