
ALMA
DE POETA
Há algo de um poeta
em mim,
Sei que as vezes não
posso negar;
Não posso negar que
me sopras ao ouvido,
Cravando em
meu coração,
Sonhos e desejos que
nunca foram meus;
São romances e
beijos,
Delírios insanos,
Sentimentos que
seriam só seus.
O beijo que nunca
dei,
O sonho que ainda não
vivi,
Saudades do que nunca
houve,
Desejos do amor que
nunca senti.
A nostalgia que
inflama, arde,
Fere e contagia.
O sangue que é
derramado da alma,
Descendo-me
às mãos,
Vertendo-me pelas
unhas,
Rabiscando papéis,
Rascunhando uma
poesia;
Tudo tao seu,
Nado do meu
dia-a-dia.
Quando muito,
Descendo-me aos pés,
Marcando todo
o chão em que piso;
Se de fato tiveres
sido tu, um poeta,
De certo nunca viveu
em teu paraíso.
Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário