O GOSTO DA LIBERDADE
A liberdade
deve possuir um gosto,
Que para
mim é como o véu que cobre da virgem o rosto.
Um preço
distante das minhas possibilidades,
Como a
sombra que se segue,
Por um nunca alcançar...
Prisioneiro
eu...
Meus dias
não são mais meus,
Nem sequer
eu os vejo passar.
Não há
um raiar de sol,
Nem sequer
vejo o brilho lunar;
Prisioneiro
eu...
Não há
mais uma vida,
O que
há é apenas um corpo,
Que por
descuido, inda insiste em pulsar.
Atrofiadas,
minhas mãos não mais tem sequer um adeus pra te dar...
Por fim,
findaram-se esses dias,
E as
estrelas puderam se encontrar,
Formando
suas constelações,
E agora
há um sol, luz,
Enfim,
a liberdade tão sonhada,
Sem preço,
com gosto...
Gosto de
vida;
Minhas
mãos agora não querem adeus acenar,
O desejo
agora é de ficar,
Pois jamais
haverá outra partida.
Gomes
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