O tempo, inimigo eterno e
por vezes o melhor amigo dos seres humanos, às vezes passa rápido demais e sem
que Sophia desse por conta, aquele ano letivo findou-se e graças a sua dedicação,
todos os seus alunos obtiveram um bom conceito (coisa que há muito não acontecia
por lá) e todos passaram de série e resolveram dar uma festinha para comemorar.
Com a ajuda das mães e é
claro, também o prefeito, realizaram uma linda festividade, onde muitas mães quiseram
conhecer a professora que aceitara ser residente e assim, acabou com a famosa repetência
que havia por falta dos professores que sempre vinham de longe e na maioria dos
casos, desistiam no decorrer do ano.
Durante a festa, Sophia foi
apresentada a varias senhoras mães daquela comunidade e fez muitas novas
amizades, conhecendo assim, a senhora Denise, que em muito se destacou em interesse
sobre a professora de sua filha mais nova. Assim, ela convida logo após alguns
dias a professora para um café da tarde em sua residência, que fora aceito por
Sophia. Lá chegando, a professora foi muito bem recebida e logo que o café foi
servido, a professora fora bombardeada por inúmeras perguntas que ela já
estonteada, foi mesmo assim respondendo as mais adequadas e digerindo as menos,
só para não fazer desfeita e dá logo um chega pra lá na dona enxerida. Dentre aquelas
perguntas respondidas, uma das que mais se destacou foi:
-- Você é namorada do Paulo,
o taxista?
Imagina! Ele é apenas um
amigo, uma pessoa que muito me ajudou desde que cheguei aqui, respondeu Sophia!
Meio sem graça, Denise
disse:
-- É que a gente sempre vê vocês
muito juntos e ele é tão sozinho e você também... Pensei que fossem namorados
ou sei lá... Nem sabemos como você veio parar aqui e sempre com ele por perto...
Não, ele é só um bom amigo,
além do mais, eu tenho muito mais com que me preocupar do que com arrumar um
namorado!
-- É! Com o quê, por exemplo?
Ah... Com a turma... Eu dou
aulas pra quatro turmas em dois turnos, que tempo me sobraria?
-- Ah! Uma mulher quando
quer um homem, ela é capaz de coisas que ninguém imagina...
Mas eu não estou interessada
mesmo!
-- É! Desde o acidente ele
nunca mais foi o mesmo!
Acidente?
-- Foi há muito tempo... Tem
mais de vinte anos, por ai...
Ele nunca me falou...
-- No pescoço dele, você não
reparou?
Pensava que fosse uma deficiência
natural... O que foi?
-- Foi um tiro... Dizem que
foi um assalto que ele reagiu... Sei lá, só sei que ele não se lembra do
passado... Já tem mais de quarenta e pra ele são só vinte e poucos!
Nossa! Ele nunca me falou
sobre isso.
O papo está longo demais e
eu tenho que dá uma faxina no meu cantinho... Já vou indo!
Sophia sai da casa de Denise
e estava pasma de tanta nova informação.
Um comentário:
Olá, José Gomes!
Sophia se esmerando com seus alunos, mas lamentando o sucedido, Trabalhava demais para ocupar sua mente. O amor é fundamental para qualquer ser humano.
Big abraço e tudo de bom!
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