No
trem para o futuro,
Sem
bagagem, nem vem que não tem,
De mãos
abanando não se embarca nesse trem.
Desdenhava
eu ilusória partida,
Pus-me
a espera na estação,
A formosa locomotiva da vida.
Só que
esta ao aproximar-se,
Foi passando
sem ao menos apitar,
Parece
que o maquinista nem me via.
Retornei
dia seguinte,
Já muitas
vezes isso se repetia.
Muito triste,
cabisbaixo, resmungava,
Tao comovente
que até atenção de um andarilho eu chamava,
Desceu
dos trilhos, com seus pés descalços,
Amarelos
da ferrugem que há muito se acumulava,
Veio ter
comigo a indagar o que tanto me faltava.
Ao ouvir-me
sorriu e disse-me o que nem de longe imaginava:
Este é
o trem para o futuro!
Como espera
nele embarcar?
Se em
ti, não vejo chagas,
Marcas
em sua pele não há!
Também
não tens bagagem,
Para ti,
esse trem jamais irá parar.
Sem bagagem,
Nem vem
que não tem,
De mãos
abanando não se embarca nesse trem!
Gomes
Um comentário:
oi, querido amigo...
que é feito de você... esqueceu de mim...
fui operada a mão esq. e mal poso digitar.
abraços e tudo de bom.
Postar um comentário