segunda-feira, 5 de agosto de 2019

À MÃE NATUREZA


A natureza faz de mim um aprendiz de poeta...
Quando chove, as gotas que tocam meu corpo,
Penetram-me à alma como à um lençol;
E meu sorriso se expande feito o arco-íris que se forma ao reflexo do sol.
Depois da chuva, então é chegado o tempo do astro rei,
Sinto brotar de meus póros, a inspiração;
Como das plantas também brotam o verde que cobre a vastidão.
À noite, sou como morcego,
Saio da toca, pratica o desapego;
Colho pros bosques, as sementes,
Que irão te cobrir o desassossego.
Ao raiar do novo dia,
Saio de volta à lida como num dia normal;
As vezes esqueço-me que também sou criatura impotente,
Que vivo imponente,
Cativado neste mundo animal.

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MEU ELO PERDIDO

 Uma noite de solidão,  Penumbra triste e fria... Que ninguém ouse contar de ti, os segundos, Nem há quem possa adivinhar quanto tempo durar...