Queria ser aquele vento,
Que te afaga os cabelos,
Que te sobe a saia
E que te deixa sem geito;
Queria ser aquele vento,
Que te sopra aos ouvidos,
Que faz sentir calafrios,
Te desconcerta da vida,
E faz-te apoiar-se em meu peito.
Quem sabe se eu pudesse ser aquela chuva fina,
Que te faz correr pra calçada;
Pedir abrigo debaixo do meu guarda chuva,
Quem sabe se o frio te faz buscar-me por abrigo no meio da madrugada.
Quem sabe se me visses como teu homem,
Pudera eu dar-te o meu sobrenome,
Quem dera-me...
Ser o Seu afeto;
O amigo dileto,
Pra não te ser só objeto.
Mas, se pra te alcançar,
Me faço de natureza,
Se não te faço ver a minha beleza,
Nem sei te mostrar o que guardo no peito meu;
Não é teu o defeito,
Quem rotula o meu preço sou eu.
José Gomes
São Francisco de Itabapoana RJ
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