sexta-feira, 13 de agosto de 2021

NADA É PARA SEMPRE

 NADA É PARA SEMPRE


Nada nunca é assim tão para sempre!

As folhas ora inertes, ora se mexem,

Sucumbidas ao doce soprar do vento.

Se caídas estiverem,

Ora o vento às levam, ora são contidas pela calmaria.

As flores, por mais belas que possam nos parecer,

Jamais serão eternas...

Há algumas que abrem e se fecham mesmo antes do alvorecer.

As pesadas pedras, também são movidas,

Entalhadas, quebradas, recortadas...

Até mesmo pó, partes de muitas voltam à ser.

O grande céu límpido,

Pequeno nos parece, se coberto pelas nuvens.

E essas mesmas nuvens, são desfeitas após todas as tempestades.

Até a liberdade pode lhe ser privada, 

Por meia dúzia de grades,

Vê-la ficar de fora,

Por não saber usá-la.

Mesmo assim, nada é tão assim para sempre, enquanto após toda a perda ainda lhe sobrar a vida.


José Gomes

São Francisco de Itabapoana RJ/Brasil.


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