Poeta pobre é motivo de chacota,
Seu trabalho quando aparece,
E por vezes o seu nome cresce,
Há quem chame de marmota.
Há poeta sendo chamado de "santo de casa",
Por lá, milagres não faz,
Dinheiro que é bom, não vê,
Se quiser ter de comer, amarga as mãos em brasa.
As vezes o poeta chora,
Não por suas faltas,
Nem pela tristeza do que ouve ou vê,
Chora por ter de deixar sua pátria inglória.
Pra ser poeta é preciso ser xerófito de raiz,
Aprender a sobreviver sem "água",
Florir sem "folhas",
Sorrir sem estar feliz.
Sou chacoteado, chicoteado,
"Santo de casa", xerófito sou,
Sou um pobre brasileiro,
Sou poeta, sou feliz e sou amado.
José Gomes
São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.
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