Não é sempre, mas eu sei que as vezes é preciso consertar coisas que errei,
Arrancar, tirar a vida de pequenas plantas que eu mesmo plantei;
Faço sem remorso, pois eu bem sei...
Dos dias secos, quantas vezes eu reguei.
Por fim, nem sombras me oferecem,
Tão pouco os frutos que desejei;
O machado está aposto,
Com lágrimas nos olhos, agora já comecei.
Lançar ao chão, pé por pé,
Do que em dias, o fogo os consumirá;
Não temo a aridez nem mesmo a solidão do deserto,
Replantarei quantas vezes precisar.
Aprendi a não aceitar espinhos,
Somente boa sombra, frutos e flor;
Onde planto e cultivo com carinho,
Apenas o fruto do amor.
José Gomes
São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.
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