Pelas estradas da vida,
Nem sempre todos os trechos são de livre trafegar;
Haviam trechos com passadiço,
Noutros há porteira fechada, é preciso parar.
Felizes os que aínda encontravam,
Abençoado "menino da porteira";
Pra lhe abrir, dando passagem,
Deixando-lhes seguir antes que chegasse a poera.
Salve, salve, menino da porteira!
Já fostes tú, daquele tempo o progresso;
Eras o "via fácil,"
Facilitando a ida, encurtando o tempo do regresso.
Hoje vejo tudo acontecendo daqui do meu sertão,
Por aqui só ouço buzina e som de motor;
Não há mais som de berrante,
Esqueceram o "menino da porteira" e o que ele melhor fazia, com todo o amor.
Agora que o meu tempo já quase jaz,
Em vídeos, ainda posso ver as comitivas matreira;
E de ouvidos já quase cerrados, ainda espero ouvir...
O toque do berrante, só pra me sentir pela última vez, o "menino da porteira."
José Gomes
São Francisco de Itabapoana, RJ/ Brasi.
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