Minha saudade é tirana,
Doma, domina e me entrega a partida;
Arruma sozinha as minhas malas e me despede sem direito a despedida.
Errante, derradeiro, nas margens desta trilha,
Passo a passo, sigo pra distante;
Não há pressa, nem algo que me apreenda,
Sigo sem destino, serei eterno viajante.
Vai saudade!
Mata-me logo, com seu golpe, como nunca fez;
Não tarda, não falhe,
Seja esta, a minha última vez.
Não quero uma nova chance,
Viver desse jeito eu não quero mais;
Leva-me logo de uma vez,
Ó saudade, você é dor que dói demais!
José Gomes
São Francisco de It
abapoana, RJ/ Brasil.
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