O SÍMBOLO DE TODOS OS AMORES
Aprendi que mesmo nos aparentes infindáveis dias do verão,
Assim como as nossas vidas, tudo tem o seu fim;
Mas o que eu ainda não aprendi, foi como viver sem você,
Como apagar as suas lembranças de dentro de mim.
Pode o tempo se arrastar, fazer sol, ou mesmo a chuva molhar...
As únicas coisas que parecem infindáveis são, a dor e a saudade;
Como fere e corta...
Ah, como é frio e cortante, o vento da maldade!
Como é negro, o véu que cobre o semblante da dor!
O coração espremido no peito...
As lágrimas expulsas dos olhos,
É inevitável sofrer desse jeito.
Intolerável é a dor da sua saudade,
Ah, como eu queria ver o vento arrastando esse véu!
Vê-lo pairando no ar,
Rumo ao azul do céu.
Assim poderia ver os teus olhos,
Pedir-te-ia de joelhos, se preciso fosse assim;
Olhando em seus olhos, ó dor!
Pediria o fim.
De cada infindável dia,
Das lágrimas e de tudo o que ao coração viesse em contra mão;
Sim, eu te pediria o teu fim!
Sei que seria auto destruição!
Em troca te prometo um lindo jardim!
Onde tu renascerá um beija flor.
Também te prometo rosas e lírios, todos os dias,
E assim, tu descobrirá o amor.
Sua face resplandecerá o vermelho e o rosa,
O mundo sem a tua anterior presença, renascerá em um jardim coberto de flores;
Sem a dor, a saudade virará apenas boas lembranças,
E em cada jardim, nascerá uma linda rosa, representando o mais puro e verdadeiro símbolo de todos os amores.
José Gomes
São Francisco de Itabapoana, RJ/Brasil.