Em fim, jaz o que jamais deveria ter nascido!
Da mais linda maneira que se poderia perecer;
Jaz, de corpo e alma, presente!
Jaz, as lembranças de cada acontecer.
Assim como foi o sol no poente,
Jaz a alma, de corpo presente!
Ver-te consumado é alívio,
Sentir o desapego era desejo latente.
Não sou eu um assassino,
Foi suicídio, eu garanto;
Saltando de um precipício,
Encontrou sua paz, buscando ouvir o meu planto.
Tens apenas o meu lamento...
Já foi, tarde!
Tarde para quem nem deveria ter vindo,
E eu que nem guardo rancores, tão pouco farei alarde.
José Gomes
São Francisco de Itabapoana RJ/ Brasil.