quarta-feira, 11 de setembro de 2024

O PRESSÁGIO

Às 18 horas, a lua está a pino no céu,

É crescente, presságio à sua visita ao meu árido sertão!

Há três semanas que tu não vens,

Não queira imaginar como está o meu pobre coração!


Tórridos ventos me consomem,

Os botões da primavera estão decaídos, a olhar para o chão;

Sem vida, árido e gélido!

Assim, sem a tua presença, está o meu pobre sertão!


Aguardo-te, com a ansiedade de um menino,

Revestida de prata, espero ver-te chegar;

Vem, minha lua cheia!

Venha trazer o teu véu pra me aconchegar!


Traz consigo o vento brando da mudança!

Traz chuva, traz de volta, a minha felicidade!

Fertiliza o meu sertão!

Mata de uma vez, essa dor cruel da saudade.


Vem, minha lua cheia!

Presenteia-me com o seu inigualável brilho!

Já são tantos dias sem te ver...

Um pouco mais e já me perco do trilho.


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana, RJ/Brasil.

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