sexta-feira, 13 de setembro de 2024

OLHOS CEGOS

Do que me valem dois olhos cegos?

Pois assim são os meus, se eu não te ver;

Para que pulsar o meu coração?

Se minha vida é nada sem você!


Desde que você se foi, 

Em mim, tudo se perdeu;

Meu jardim, sem vida se tornou,

Até a minha roseira pareceu.


Confiei a ti, o meu mundo,

Até os meus olhos, a ti, eu entreguei;

Fui-te fiel, por quanto tu não me amava,

Ferido de amor, tão cego eu fiquei.


Arrependido, um cego amargurado,

Sofrendo os meus dias na escuridão;

Pois confiei na incerteza,

Entreguei-te meus olhos, alma e coração.


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana, RJ/ Brasil.



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