Etelvina vivia na floresta.
Ela era do bem!
Nas noites enluaradas, ela passeava na vizinhança,
Misturava-se em meio às outras meninas e brincava de roda, como ninguém!
Magias, feitiços, de tudo ela sabia,
Porém, ela era enfeitiçada pela magia da alegria;
Mas de volta à floresta, só, novamente estaria,
Suas porções mágicas, eram um mundo repleto de fantasia.
Numa bolha, uma cidadezinha já tecia,
Um castelinho, um rei e uma rainha...
Os súditos, um pequeno povoado...
Um cavalheiro e uma daminha.
Ao fundo, um lindo jardim,
Rosas, hortensias e lirios;
Brincava, ela, sempre sozinha,
Às vezes sentia-se, uma menina normal, em meio a tantos delírios.
Outra vez era lua cheia e primeiro, de longe, Etelvina olhava,
As meninas brincando, e aquela alegria é que contagiava;
Cantiga de roda...
E lá vinha ela, e em meio às meninas, se misturava.
Certo noite, Etelvina foi descoberta como forasteira em meio às meninas,
E de lá a enxotaram batendo-lhe com uma vassoura tecida de erva daninha;
Etelvina então chorou, chorou e dormiu um sono profundo,
Acordou do outro lado do mundo,
Onde virou uma linda fada madrinha.
José Gomes
São Francisco de Itabapoana, RJ/Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário