domingo, 27 de outubro de 2024

ETELVINA, BRUXINHA DO BEM

Etelvina vivia na floresta. 

Ela era do bem!

Nas noites enluaradas, ela passeava na vizinhança,

Misturava-se em meio às outras meninas e brincava de roda, como ninguém!

Magias, feitiços, de tudo ela sabia,

Porém, ela era enfeitiçada pela magia da alegria;

Mas de volta à floresta, só, novamente estaria,

Suas porções mágicas, eram um mundo repleto de fantasia.

Numa bolha, uma cidadezinha já tecia,

Um castelinho, um rei e uma rainha...

Os súditos, um pequeno povoado...

Um cavalheiro e uma daminha.

Ao fundo, um lindo jardim,

Rosas, hortensias e lirios;

Brincava, ela, sempre sozinha,

Às vezes sentia-se, uma menina normal, em meio a tantos delírios.

Outra vez era lua cheia e primeiro, de longe, Etelvina olhava,

As meninas brincando, e aquela alegria é que contagiava;

Cantiga de roda...

E lá vinha ela, e em meio às meninas, se misturava.

Certo noite, Etelvina foi descoberta como forasteira em meio às meninas,

E de lá a enxotaram batendo-lhe com uma vassoura tecida de erva daninha;

Etelvina então chorou, chorou e dormiu um sono profundo,

Acordou do outro lado do mundo,

Onde virou uma linda fada madrinha.


José Gomes 

São Francisco de Itabapoana, RJ/Brasil.

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